Data de Publicação: 09 de Setembro de 2016
Museu recebeu, ainda, mapas em alto relevo das salas de exposição
"Queremos democratizar o acesso ao nosso acervo, para que todos conheçam a história do fundador de Brasília, para que a história de ontem seja sempre atualizada, de modo a permanecer viva na memória do povo", destaca Anna Christina Kubitschek, presidente do Memorial JK e neta de Juscelino Kubitschek. Inaugurado em 1981, o memorial conta, em diferentes formatos, a história do estadista mineiro, que foi responsável pela construção de Brasília e presidiu o País de 1956 a 1991.
Entre as inovações inauguradas nesta quinta-feira estão a instalação de uma maquete tátil do prédio do memorial e de seu entorno, indicando ambientes e percursos de visitação a pessoas com deficiência visual. Também foram implantados mapas em alto relevo das salas de exposição. Os vídeos exibidos no local ganharam legendas, audiodescrição e tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Além disso, as legendas de fotos e placas com explicações sobre o acervo ganharam versão em Braile.
Acessibilidade no século XXI
A necessidade de garantir a fruição e a produção cultural por pessoas com deficiência também é prioridade do Ministério da Cultura (MinC). Uma das ações nesse sentido é a recente criação da Coordenação-Geral de Acessibilidade e Inclusão, vinculada à Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural.
"Formatarmos programas voltados para essa parcela da sociedade é um compromisso da minha gestão", destacou o ministro Marcelo Calero, ao comentar que cerca de 40% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. "Este é um desafio que temos de enfrentar para a construção de uma política pública de cultura", enfatizou.
Produtor-executivo do projeto de acessibilidade do Memorial JK, Rodolfo Abreu criticou o fato de, em pleno ano de 2016, muitas instituições não terem condições de disponibilizar seus acervos a todos. "É uma obrigação das entidades que trabalham com cultura no Brasil. Os museus precisam se preparar para serem inclusivos. Não adianta apenas que haja uma acessibilidade arquitetônica na construção dos prédios. O primordial é que o acervo das instituições esteja disponível para todo mundo", frisou.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil