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Carta aberta a Aracaju - Projeto Aracaju Acessível 2013

Data de Publicação: 10 de Fevereiro de 2014

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PROJETO ARACAJU ACESSÍVEL: O DIREITO DE IR E VIR

CARTA ABERTA A ARACAJU

 

Comemorando o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, estivemos nas ruas de Aracaju no período de 10 a 22 de setembro de 2013 executando o Projeto Aracaju Acessível: O Direito de Ir e Vir, realizando ampla e diversificada programação de sensibilização e mobilização da sociedade aracajuana para a promoção da acessibilidade em seus diversos âmbitos.

 

O Projeto Aracaju Acessível foi idealizado e realizado pelo vereador Lucas Aribé com o apoio do Instituto Lucas e Mariana Aribé de Acessibilidade para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência - Iluminar e a colaboração da imprensa, de instituições públicas e particulares de ensino (universidades, faculdades e escolas), de empresas, de organizações não governamentais, do sistema S, da sociedade civil organizada e de pessoas comprometidas com a causa, que não mediram esforços para fazer com que nesse período o maior número possível de aracajuanos falasse, ouvisse, comentasse e refletisse sobre acessibilidade como direito de todos os cidadãos.

 

As práticas reflexivas oferecidas a Aracaju nas oficinas, palestras, seminário; na sessão especial realizada na Câmara de Vereadores; na distribuição da cartilha Aracaju Acessível: O Direito de Ir e Vir em toda a cidade; na apresentação do Grupo Ato Espontâneo para os motoristas e cobradores de ônibus; no passeio ciclístico “Pedalando sem Barreiras”; no lançamento da bicicleta inclusiva ODKV; na exposição de fotografias produzidas por alunos de escola pública e particular; na visita Caminhando sem barreiras para conhecer a nova orientação espacial da UFS; na mostra com áudiodescrição no Cinema Vitória – Curta-SE 13; nos diversos encontros de Lucas Aribé e sua equipe com os jovens escolares das redes pública e particular e do sistema S; na Missa em ação de graças e em todas as ações desencadeadas pelos diversos parceiros que atenderam ao nosso convite e fizeram o melhor, permitiram-nos compreender que no momento em que não existirem barreiras que obstruam a participação da pessoa com deficiência na sociedade, não serão mais necessários os mecanismos de defesa e inclusão hoje existentes. A pessoa com deficiência não deixará a sua condição, mas, sem barreiras, a sua participação social será plena e efetiva e em igualdade de condições com os demais cidadãos.

 

Enquanto não chega esse momento, continuamos em nossa missão de defesa e inclusão da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, insistindo:

 

1. Que saiam do papel para a prática efetiva da inclusão social, da equiparação de oportunidades e do exercício pleno da cidadania das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, as leis, os decretos, as normas e as políticas públicas que a elas se refiram, transformando desta forma a intenção em atitude. Referimo-nos em especial às 45 leis municipais de Aracaju e a efetivação da adesão do município de Aracaju ao Programa Viver sem Limite.

 

2. Que nós, cidadãos aracajuanos, analisemos com maior propriedade as ruas, calçadas, edificações e transportes públicos, na ótica de utilização de cada cidadão, conscientes de que a acessibilidade, a inclusão, a democracia dos espaços e da cidadania devem estar disponíveis de maneira universal, e empreendamos um esforço conjunto, sociedade civil e poder público, no sentido de fazer de Aracaju uma cidade sem barreiras. Queremos ruas, praças, edifícios e transportes públicos acessíveis; orientações e placas em letra ampliada e em Braille; equipamentos com avisos sonoros e obedecendo ao desenho universal; lazer e turismo inclusivos; eventos culturais com audiodescrição, legendas e intérpretes de Libras; livros acessíveis; e, sobretudo, gente treinada e preparada para atender, sem preconceito, pessoas com deficiência, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

 

3. Que seja difundido a partir do ensino fundamental o conceito de acessibilidade e o direito de ir e vir.

 

4. Que seja instalado o curso superior de Letras Libras nas nossas universidades.

 

5. Que seja estimulado e difundido o esporte paralímpico.

 

Assim queremos, assim buscamos e por isso lutamos.

 

Aracaju (SE), 21 de setembro de 2013.