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Sergipe tem a 2ª maior incidência de violência contra pessoas com deficiência

Lucas Aribé destaca necessidade de políticas de enfrentamento às violações dos direitos desses cidadãos

Data de Publicação: 10 de Junho de 2020

O estado de Sergipe registrou a segunda maior taxa de denúncias de violência contra pessoas com deficiência do país no ano passado (por 100 mil hab). É o que aponta um relatório divulgado esta semana pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que coordena o Disque 100. O vereador Lucas Aribé (Cidadania) alertou que o indicador reforça a necessidade de uma política efetiva de enfrentamento às violações dos direitos desses cidadãos.

Em 2019, o ministério recebeu 204 denúncias de violações contra esse grupo no estado, um acréscimo de 44% em relação às notificações do ano anterior que somaram 141. Apesar de aparecer em 17º no ranking nacional de denúncias em números absolutos, Sergipe teve a maior alta comparativa em doze meses.

“Levando em conta a gravidade dessa questão e as dificuldades com seus encaminhamentos pela rede de proteção e responsabilização, fica claro que é essencial e urgente estruturar uma ação pública articulando diversos atores para o enfrentamento dessa realidade assombrosa”, afirma o vereador Lucas Aribé.

De acordo com a pasta, a população com deficiência é o terceiro grupo mais citado nas denúncias, representando 8% das ligações. O relatório destaca que o agressor, na maior parte das ocorrências, é alguém do convívio familiar ou próximo da vítima. Para Lucas, o aumento dos casos configura um retrocesso na construção de uma sociedade que respeite e garanta os direitos de todos.

“Se a violação de direitos básicos não é reconhecida nem denunciada, a invisibilidade das vítimas se perpetua. E mesmo quando os casos são identificados - o que ocorre em um volume cada vez maior - há dificuldades em oferecer suporte a vítimas, familiares e agressores, prevenindo a reincidência como também o surgimento de novos casos”, ponderou Aribé.

O Disque 100, o app Direitos Humanos Brasil e o site da ONDH são gratuitos e funcionam 24 horas por dia, inclusive em feriados e aos finais de semana.