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Lucas Aribé critica gastos da Prefeitura de Aracaju com ordens de serviço

Data de Publicação: 23 de Outubro de 2019

#PraTodoMundoVer Lucas Aribé em pé falando ao microfone na tribuna. Ele usa terno bege e gravata preta.

#PraTodoMundoVer Lucas Aribé em pé falando ao microfone na tribuna. Ele usa terno bege e gravata preta.

Embora pareça um ato simples, cada assinatura de ordem de serviço feita pela Prefeitura de Aracaju tem um custo alto para os cofres públicos. O vereador Lucas Aribé (PSB), durante sessão na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta quarta-feira, 23, chamou atenção para o grande número de solenidades realizadas pela administração ultimamente e criticou o consequente gasto desnecessário. 

 

De acordo com dados registrados no Portal da Transparência, somente entre 11 e 16 de outubro, quando aconteceram cinco atos desse tipo, foram gastos R$ 29.291,88 apenas para a montagem de toldo, tablado e equipamento de sonorização. O mesmo montante teria sido suficiente para custear a energia de toda a sede da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), terminais de integração e semáforos durante o mês de setembro, por exemplo, ou para garantir o fornecimento de quentinhas no Centro POP, mantido pela Secretaria Municipal da Assistência Social, que atende, em média, 120 pessoas por dia. 

 

“O valor gasto com essa montagem de estrutura, em cada solenidade para ordens de serviço, é quase R$ 6 mil. Somente na semana passada, foram quase R$ 30 mil reais. Para termos uma ideia, no mês de julho, a Prefeitura investiu R$ 22.880 com alimentação para pessoas em situação de rua no Centro POP. O dinheiro gasto com solenidades, em uma semana, foi maior que o destinado à comida para quem precisa. É preciso ver o que está sendo prioridade para o prefeito”, reclamou o vereador. 

 

Lucas também lembrou que todas as assinaturas poderiam ser realizadas na própria sede da Prefeitura, que possui um auditório climatizado com capacidade para mais de 100 pessoas. “A gestão anterior fazia isso, assinava todos os documentos de ordem de serviço no prédio da administração municipal. Esse gasto festivo é totalmente desnecessário”, pondera.

 

O parlamentar comentou, ainda, sobre outro problema envolvendo as recorrentes solenidades: o impacto no andamento dos trabalhos cotidianos do Legislativo. “Os eventos são, em geral, em horário de sessão da Câmara, o que faz com que os colegas vereadores se ausentem da Casa para acompanhar o prefeito”, complementa Lucas.