Data de Publicação: 18 de Setembro de 2018
#PraCegoVer - Lucas experimenta Orcam MyEye para ler livro
O seminário contou com as palestras da doutora em Educação Patrícia Rezende, professora do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), e do mestre em Comunicação Pedro Prata, coordenador da Escola de Gente, premiada pela ONU como referência em inclusão e acessibilidade.
#PraCegoVer - Fotografia de Patrícia Bezerra, ao fundo imagem azul com frase Comunicar para Incluir
Já Pedro Prata abordou a comunicação como instrumento de inclusão da pessoa com deficiência, as garantias legais de acesso à informação e as inovações no âmbito da comunicação inclusiva, que difere da comunicação acessível, aquela em que se utilizam todos os recursos possíveis para que o direito à comunicação seja respeitado.
“Nós muitas vezes fazemos uma comunicação acessível que não é inclusiva, pois discrimina pessoas por sua condição. Eu posso fazer um evento com Língua Brasileira de Sinais que defende a violência contra a mulher, ou um evento com audiodescrição que seja homofóbico, por exemplo. Então, é muito importante trabalharmos para que a comunicação seja acessível, mas, ao mesmo tempo, inclusiva. Garantir isso é perceber que todo mundo tem o mesmo valor humano, independentemente das diferenças”, diz Pedro.
Tecnologias
#PraCegoVer - Imagem do auditório na Sociedade Semear
Outra tecnologia apresentada foi o Hand Talk, utilizado por mais de 360 milhões de pessoas com deficiência auditiva no mundo – 9,7 milhões no Brasil –, que realiza tradução digital e automática para a Língua Brasileira de Sinais, por meio do tradutor de sites que traz acessibilidade digital em Libras para a comunidade surda e do aplicativo que quebra a barreira de comunicação que há entre surdos e ouvintes.
Também foi apresentado o CittaMobi, aplicativo que calcula, em tempo real, o tempo da chegada de uma linha de ônibus a um determinado ponto, traz filtros para previsão de horário de um ônibus, aponta os carros adaptados para cadeirantes e usa sistema de geolocalização, exibido por um mapa, que ajuda o usuário a enxergar os pontos mais próximos de onde está.
Um dos momentos mais esperados foi a apresentação dos óculos OrCam MyEye, que permitem às pessoas com deficiência visual reconhecerem textos, produtos e até mesmo rosto de outras pessoas. "A acessibilidade é palavra de ordem no mundo e o avanço tecnológico é um forte aliado das pessoas com deficiência neste sentido. Daí a importância de eventos como este seminário, que coloca essas pessoas em contato com o que há de mais moderno, numa prova de que um mundo sem barreiras é possível e tem se tornado cada vez mais real", comemora o vereador Lucas Aribé, que experimentou o OrCam MyEye.