Dia a Dia

IFS e Ipaese promovem eventos sobre Libras

Data de Publicação: 17 de Setembro de 2018

#PraCegoVer - Pai e filha deixam suas digitais em painel interativo do IFS

#PraCegoVer - Pai e filha deixam suas digitais em painel interativo do IFS


Instituições parceiras da Semana Aracaju Acessível, que este ano ocorre entre os dias 16 e 23 de setembro, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e o Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo de Sergipe (Ipaese) realizaram dois importantes eventos nesta segunda, 17.

 

#PraCegoVer - Auditório lotado do IFS

#PraCegoVer - Auditório lotado do IFS

 O 1° Encontro de Libras do IFS lotou o auditório de pós-graduação da instituição. A professora Josilene Barbosa ministrou a palestra “Identidade surda: múltiplos olhares”. Em seguida, houve debate, roda viva em libras, e a palestra “Universo surdo”, da psicóloga Christianne Gomes. 

 

“Este é um momento de reflexão, de sensibilização. Sem ações como essa, fica muito difícil fazermos uma inclusão de forma diferenciada”, comenta Josilene. “A concretização do Encontro de Libras é uma grata satisfação, com muitos desafios, mas com muita boa vontade, o projeto foi colocado em prática. O Campus Aracaju do IFS sai na frente”, comemora o diretor da unidade, Elber Ribeiro Gama.

 

#PraCegoVer - Professores participaram de práticas pedagógicas no Ipaese

#PraCegoVer - Professores participaram de práticas pedagógicas no Ipaese

 Já o Ipaese promoveu uma oficina de práticas pedagógicas no ensino de Libras, na sede da instituição. “Recebemos professores da rede pública, estudantes de Pedagogia e até profissionais de outras áreas. Foi muito importante eles conhecerem o trabalho que desenvolvemos, as estratégias para conseguir uma melhor aprendizagem dos nossos alunos, e trocar experiências, pois eles também têm muito a nos acrescentar”, comenta a diretora do Ipaese, Ana Nunes. 

 

Os docentes do Ipaese apresentaram jogos matemáticos, miniaturas de animais e outros instrumentos de aprendizagem produzidos com materiais reutilizados.  “Muitas vezes utilizamos até sucata. A partir da necessidade dos alunos, construímos tudo junto com eles”, explica Maria Lucielma Farias, coordenadora pedagógica da instituição.

 

“Eu trago a parte lúdica da matemática, com materiais coloridos para que eles aprendam os conceitos por meio da visão, que é o órgão mais sensorial dos surdos”, diz Aline Cruz, professora de Matemática. Também chamou a atenção dos participantes os trabalhos desenvolvidos pelos docentes Marta Leão, de Biologia, e Wendel Ramon dos Santos, de Ciências, a exemplo do ciclo da esquistossomose, produzido com massa de modelagem.

 

A estudante de Pedagogia Adriana Oliveira saiu do Ipaese satisfeita com o que aprendeu. “Quando a gente ouve falar em ensinar às pessoas surdas, às vezes pensa que é algo de outro mundo, mas aqui eu aprendi que não é, principalmente quando se tem amor à profissão”, analisa.